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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Um tributo ao respeito

  Um tributo ao respeito é um pequeno texto que escrevi há tempos para um pequeno concurso da minha escola. O texto tem como o fim de ilustrar como a traição leva à destruição de uma nação e as pesadas consequências que a vingança traz. Acabei por não participar no concurso pois  receei que fosse demasiado pesado para o gosto dos professores que iriam avaliar. Decidi publicá-la no entretanto aqui no meu blog, espero que gostem!



Um tributo ao respeito

  ''Lamento informar-te, mas para o bem da nação foi decidido renegar a tua identidade como um soldado em missão.'' 
  Desdaí ele morreu. A sua família ficou de luto durante 6 meses, todos choraram a sua morte. A sua mulher orgulhava-se de ter sido casada com um homem como ele e o seu filho o via como um herói.
  Se tivesse mesmo morrido, talvez teria sido mesmo um. Mas o que morreu foi apenas o seu amor pela pátria. Como lhe poderiam ter feito algo assim, mesmo depois da maneira que mostrou fiel e disposto a morrer ao serviço? Agora como é que um renegado sem nome, sem país, um ninguém pode provar que no fim de contas, fez o que fez? Todas aquelas vivências românticas já não passam de uma mentira aos olhos do público... Um ódio ascendeu-lhe ao peito! Tinha que se vingar, embora já mais teria imaginado algum dia destruir tudo aquilo que acreditou e honrou. Mesmo assim... Tinha que se vingar! Na morte de um soldado, nasceu um monstro.
  Interrogava-se, qual seria a maneira mais cruel, mais violenta e impiedosa de se vingar? Para pagar dente por dente e moeda por moeda aquilo que o fizeram, não conseguia imaginar outra coisa senão matar o grande líder. Não, não apenas isso, tinha que matar o grande líder diante de todos, todos aqueles que veneram este Estado como ele uma vez venerara.
  Uma vez feita a decisão, um homem que não passava de cão vagueou quatro anos e meio para puder morder de volta. Fazendo tudo que era necessário para a concretização do que pretendia, finalmente se aproximava do seu alvo.
  Só depois de terminar tudo, numa altura que só restava esperar, impaciente com o tempo, lembrou-se do seu passado. De repente recordou que uma vez fora feliz, pai de um filho e marido de uma mulher. Lágrimas subiram lhe aos olhos. Como foi possível durante quatro anos não se lembrar deles? As únicas pessoas que ainda o faziam sentir pegado à este mundo? A resposta estava dentro dele ------- o ódio que possuía. Era demasiado forte, e a necessidade de vingar sangue por sangue dominava-o. Como poderia perder a garra e sangue fria na véspera do grande evento? Precisava de estar disposto à tudo. não podia prender-se às emoções, sobretudo à vontade de viver. Se ainda algo o fizesse querer prender-se a este mundo, ele estaria destinado a falhar.
  Tinha que acabar com a própria família, não teve dúvidas disso. Não porque o queria, mas sim porque precisava. Ao chegar a esta conclusão as lágrimas pareciam sair dos olhos desfocados e a respiração pesava como se os seus pulmões fossem feitos de chumbo. Porém, como as chamas que apagam com ventos impiedosamente frias, sensações também se foram apagando. Assim desertou o último bocado vivo dentro de si. Visitou um lugar onde num passado distante chamaria de lar e saiu de lá com nada para além de cartuchos vazios.
  Instantes depois, um monstro que uma vez fora homem, soldado e pai subiu ao palco. Olhou à sua volta, vendo tudo tal como esperava: luzes, câmaras, faces ansiosos, apontados nele. Sorriu relaxado, levantou a sua arma, e num silêncio até sereno, disparou-a.
  Por fim, o demônio ardeu nas suas próprias chamas.

domingo, 8 de setembro de 2013

O violinista

  Nas ruas do porto encontrei me com este homem, era artista. Na movimentada rua santa cantarina estava ele de pé parado, de olhos encerrados a tocar violino. Já de longe era inconfundível a sua música, destacava-se no meio dos ruídos da cidade como uivo de lobo numa noite estrelada. Estava completamente absorvido no seu mundo, noutra realidade onde a perfeição era apresentada em notas musicais. Não conheço o homem, mas conheço a sensação que o alimentava: era a adrenalina artística, o amor espiritual.

domingo, 1 de setembro de 2013

About pain

  psychological torment exeeds the physical pain, there is no doubt about it. As a bboy, I experience all sorts of injuries and damage, but what hurts me the most is not when the damage is done on the spot, nor when the after pain kicks in hours later, but the long, murderous wait I have to endure in order to heal. A being is defined by it's moviment, there for the gerund tense of the word. It is impossible for any form of living to remain motionless: plants often seem stationary, animals may stay quiet like a statue, but they are boiling with motion in the inside. The heart beat, the blood pumping from every vein to every muscle, every organ and every cell! And how can we forget the fascinating photosynthesis process that funcions tirelessly, non-stoppingly feeding the planet's hunger for oxigin? All in all, motionlessness equals death. No! motionlessness is less than death, because death is a phenomenon, it occours. Montionlessness is the lack of everything, the ultimate vacuum. Motion is needed for every occourance, and death is no execption.
  The only thing I relate to motionlessness is pain. So what is the relation between those two? Like the devil and his twin brother, they come side by side. No wonder why when you are under the most intense agony a tremendously dark vacuum devours you inside out. As for me, this vacuum represents my inabillity to dance, one of the sole purposes of my living, the motion that marks me as a being. It's the anguish of losing the right to exist and to be that stabs through my heart slowly, poking my most sensible nerve. Noone is strong enough to say they weren't left to pieces by this torture. Fortunately, life is filled with changes and alters by the pace of time. As such, nothing stays for ever, not even the worst pain and his evil twin. Pacience is rewarding, if you can endure and go through this excruciating experience and death of motion, seeds of emotion will spur under the emptiness and the joy of being alive surfaces instantly. Suddenly, we live again, we move, sing and dance, enjoy our regained right of existence. This feeling of being again what made us ourselves is just as passionate and euphoric as the very first kiss of a very first love, provoking an explosion of emotions and unleashes anxiety inside of our bodies. Yet also so angelicly calming, like taking a leap into heaven.
  In the end, pain is no more than a phase we come across through life's journey, just don't make it your last one.